Capela Santa Bárbara
Construída por padres jesuítas é um local cercado de mistérios e lendas, recebia fiéis que moravam nas vizinhanças e viajantes que percorriam o caminho dos tropeiros. A ação do tempo e do homem danificou bastante o templo histórico, em 2003 foi inteiramente restaurada pela Prefeitura Municipal e o Governo Federal.
A edificação:
A Capela de Santa Bárbara é uma edificação simples, com traços que dão nítida ideia da vida e religiosidade da época. De pau a pique e reboco, coberta com telhas trazidas de Paranaguá em lombo de burro.
Com o passar dos anos e a sucessiva transferência da referida propriedade a obra foi sendo esquecida, chegando quase a ruína total. Hoje atração turística, está distante apenas 14 quilômetros do centro da cidade.
Como chegar:
Estrada Municipal que leva a Represa de Alagados, há sinalização de acesso (sem pavimentação).
Entrada: Gratuita. Horário de Visitação: das 09h às 18hs.
A história:
Com a proposição de converter os indígenas ao catolicismo, os jesuítas se tornaram, desde logo, responsáveis por um processo de colonização mais “racional” em confronto com a forma puramente predatória utilizada pelos colonos. Os primeiros missionários jesuítas vindos de São Vicente (SP), para o Estado do Paraná, que na ocasião não era Estado, pois estava dividido em duas partes: uma pertencente ao Estado de São Paulo e outra pertencente à colônia espanhola do Paraguai, encontraram como religião entre os índios das diversas tribos dos Guarani, Coroados, Carijós e Botocudos uma cultura original rudimentar que admitia a existência de uma divindade, permitia a poligamia, aceitavam a crença em uma vida imortal e adoravam a lua e o sol.
Após se instalarem em várias regiões do Estado com suas “reduções” (locais onde as aldeias indígenas, embora reproduzindo as formas originais de organização social dos índios, eram minuciosamente administradas pelos jesuítas, gerando excedentes de produção agrícola, comercializados pela Companhia de Jesus junto à população branca).
Em 1710, a Companhia de Jesus, com permissão do capitão-mor Pedro Taques de Moraes, construiu na Fazenda do Pitangui, um oratório em honra à Santa Bárbara. Com o falecimento de Pedro Taques de Almeida, 1713, seu filho José Góis de Moraes, com base em registros no Cartório Borges de Castro, em agosto de 1727, fez a doação da Sesmaria do Itaiacoca, também denominada Fazenda Pitangui.
Em 1729 o Padre Nicolau Rodrigues França, da casa das Missões de Paranaguá, aí missionou conforme consta dos assentos da catedral de Curitiba. Logo após a instalação os padres, teriam substituído o oratório por uma capela construída por José Tavares de Serqueira, parente de José Góis de Moraes, dedicada à Santa Bárbara do Pitangui.
Fonte: LIVRO ESPIRAIS DO TEMPO (patrimoniocultural.pr.gov.br)